![]() |
No ano passado a Fundação Pro Dignitate, dirigida por Maria de Jesus Barroso, com o apoio de mais uma série de fi guras ligadas ou à rádio ou aos problemas da emergência humanitária resolveu organizar um modelo de formação destinado a rádios - sobretudo rádios comunitárias e locais. Tratava-se de introduzir padrões de linguagem de Paz, de conciliação; diminuir a violência através da palavra prevenindo conflitos e a polémica: ajudar a reconstruir a Paz.
Objetivo principal: atuar nos países africanos de língua portuguesa e Timor, onde infelizmente a democracia formal não se traduz numa efetiva democracia e onde as liberdades ainda não são a regra. O lema desta ação: «se uma rádio pode servir para fazer a guerra» (e isso aconteceu várias vezes em África, veja-se o caso da Radio Mille Collines no Rwanda e quem não se lembra do filme Hotel Rwanda?) então «a rádio também serve para fazer a Paz». Utilizar a emissão de uma forma positiva, com programas construtivos, com realce para aspetos positivos da vida, da sociedade, da terra, boa música e sobretudo construir com imaginação separadores e slogans sobre Direitos Humanos, sobre Defesa do Género e da democracia participativa. Neste projecto, carinhosa e atentamente acompanhado por Maria Barroso, para além de mim surgiram os nomes de Monica Grayley, diretora da Rádio da ONU em português e do embaixador Ruiz Rios que foi representante da Organização Internacional das Migrações em Portugal e que hoje continua ligado aos quadros da ONU.